quarta-feira, 11 de maio de 2011

Legalização da maconha: contra ou a favor?

A legalização da maconha é um tema bastante controvertido, pela quantidade de interesses ocultos que existem por trás da mesma, sobretudo sociais e econômicos.
Essa falsa concepção que existe, relacionando os usuários da Cannabis à “vagabundagem”, cairia por água abaixo com a sua legalização. Assim como acreditamos que, se a natureza nos deu substancias para combater quase todas as doenças, seria um absurdo omitir o valor da Cannabis para o uso medicinal.
No Brasil a maconha surgiu, trazida pelos escravos da região de Angola. Por isso é conhecida como “Fumo de Angola”. Os negros utilizavam nos rituais religiosos, culturais e para aliviar as dores da alma e do corpo.
Os senhores de engenho, preocupados em denegrir a imagem dos negros, passaram a associar a droga à vagabundagem. Diziam que os negros utilizavam a droga para não realizarem os trabalhos. Assim sendo, a discriminação ocorreu desde que a maconha aqui chegou.
A maconha é o produto formado pelas subunidades floridas, folhas, frutos, talos, sementes do cânhamo. Uma vez secos são triturados finamente, por isso tem uma aparência de tabaco, variando sua coloração segundo a sua procedência de verde a marrom.
Seu consumo se realiza de forma pura ou mesclada com tabaco, podendo ainda ser encontrada em forma de cápsulas, incensos e chá. Os efeitos da mesma variam dependendo da sua riqueza em THC. Essa riqueza depende do clima em que cresceu a planta, método de cultivo, armazenamento e colheita. Seus efeitos podem ser similares ao do haxixe, porém menos potentes.
Consome-se preferencialmente fumada, mas pode realizar-se infusões com efeitos distintos. O cigarro de maconha pode conter 150 ml de THC e chegar até o dobro, caso seja consumida com o óleo de haxixe. Em respeito à dependência, se considera primordialmente psíquica, os sintomas característicos da intoxicação são: ansiedade, irritabilidade, tremores, insônia, muito similares aos das benzodiazepinas.
O consumo oral da maconha implica efeitos psicológicos similares aos expressados na forma fumada, porém em maior intensidade e duração, e com efeitos nocivos potencializados.
A maconha fumada causa a maioria dos mesmos problemas de saúde relacionados ao tabaco. Fumada ou comida, a maconha pode quebrar o equilíbrio, a coordenação física e a percepção visual. Isto pode ser perigoso ao dirigir um automóvel ou operar máquinas. Algumas pessoas se sentem narcotizadas (desorientadas e vertiginosas) ao usar a maconha. Esse efeito pode ser mais forte quando se come que quando se fuma.
Alguns usuários desenvolvem uma tolerância à maconha. Isto significa que necessitam de doses cada vez mais altas para conseguirem o mesmo efeito. Os usuários também podem tornar-se dependentes da maconha e podem ter síndrome de abstinência quando deixam de usá-la.

A discussão sobre a legalização (ou não) da maconha no Brasil vem se arrastando há anos e ganhou força a partir das décadas de 1980 e 1990. De um lado, os usuários da considerada “droga ilícita”, e de outro, os que não são a favor da comercialização da mesma. Alguns políticos são a favor de sua legalização, afirmando que a maconha já foi legalizada em muitos países, e que isso só facilitou a fiscalização e o combate ao tráfico. Já outros afirmam que o tráfico sempre irá existir a maconha estando legalizada ou não. Embora as opiniões sejam divergentes em relação ao assunto, nos dias hoje é fácil de tomar uma posição com relação ao assunto. Apesar do uso da erva causar danos a saúde de quem a consome, cabe à pessoa decidir se deve consumir ou não a droga. Afinal vivemos em uma “democracia” não é?! Quanto ao uso em locais públicos e as propagandas sobre a maconha, devia-se adotar as mesmas leis que se têm em relação ao cigarro, já que nenhum cidadão é obrigado a “consumir” a erva quando outro também estiver fazendo uso dela. Por esses e demais argumentos que muitas pessoas (políticos, artistas, ativistas) defendem, a tendência é que mais cedo ou mais tarde a legalização da considerada droga venha a ocorrer, embora muitos não concordem.
Expondo essa discordância que há sobre a temática, apresentamos abaixo algumas reportagens veiculadas nos últimos dias sobre essa discussão.

Tarso Genro: 'Nunca vi ninguém matar por ter fumado maconha'
Portal de notícias online Terra 06 de abril de 2011 • 14h17

 Governador (na foto, no dia de sua posse) disse que nunca experimentou a droga, mas já ouviu que é "saboroso"

Segundo Flávia Bemfica o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, surpreendeu a todos os participantes da aula magna que proferia sobre 'Universidade e o futuro da República' no Salão de Atos da universidade Federal do Rio Grande do Sul. O ex-ministro da Justiça ao responder uma pergunta relacionada ao tema das drogas expôs sua opinião sobre o tema e enfatizou que deve-se tratar a questão da maconha diferentemente das outras drogas, como é o caso da heroína.
Segundo ele, citado por Flávia, "Por exemplo, as pessoas terem tolerância à cannabis sativa é diferente da heroína. A maconha, há especialistas que dizem, faz menos mal do que cigarro. Dizem. Eu nunca vi uma pessoa matar por ter fumado um cigarro de maconha." E ainda continua entrando em questões sociológicas: "um quadro de transformação da droga em dinheiro, dinheiro em droga, droga em poder, poder em política e assim por diante".
Ao terminar a aula faz mais defesas ao seu ponto de vista abordando pensadores como Karl Marx, Immanuel Kant e Martin Heidegger e diz aos ouvintes: "Não tenho nenhum preconceito. Na minha época, a gente não fumava maconha, não era porque não tivesse vontade, era porque as condições que a gente vivia e trabalhava na clandestinidade (era a época anterior ao golpe militar e, depois, a da ditadura) não era preciso adicionar mais nenhuma questão de insegurança. Dizem que é muito saboroso."

Marcha pela legalização da maconha acontece hoje em Ipanema
07 de maio de 2011 10h51

A oitava Marcha pela Legalização da Maconha vai acontecer, neste sábado, em Ipanema, às 14h. A manifestação é permitida por uma ordem judicial que determina que aqueles que participarem do movimento não devem usar, nem incentivar o uso da substância. Um dos participantes que confirmaram presença é o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc.
O juiz Alberto Fraga, do 4º Juizado Especial Criminal (Jecrim), do Leblon, na Zona Sul, concedeu habeas corpus preventivo para que manifestantes possam participar, sem serem presos, da Marcha da Maconha. A decisão é válida para todos os participantes.
No dia 23 de maio, quatro pessoas ligadas ao movimento foram detidas na Lapa, no centro. De acordo com a polícia, elas foram flagradas distribuindo panfletos com frases pedindo a legalização da maconha para uso particular, além da permissão para o plantio e a comercialização da droga. O panfleto tinha também o calendário das passeatas organizadas pelo movimento.

Audiência pública em Curitiba contra a legalização da maconha

terça-feira, 10 de maio de 2011


A coordenadora da campanha contra a Legalização da Maconha Marisa Lobo, e o presidente da Comissão deputado Fernando Francischini, pediram ao vereador Valdemir Soarez uma audiência Pública para impedir e discutir sobre a possibilidade de haver em Curitiba a marcha da maconha.
É ilegal não devemos apoiar este movimento, o mote da campanha é que diminuiria a violência é dar um atestado de burrice a nossa população brasileira diz Deputado Francischini. A data está sendo marcada, é um movimento da sociedade que não aceita a Marcha que é inconstitucional, não podemos aceitar e a sociedade tem que estar alerta e reivindicar seus direitos o direito de não admitir que seus filhos e ou ente querido usem drogas.
Estão querendo amenizar os prejuízos que a maconha causa isso é doentio, é manipulação da verdade é pensamento perverso, a maconha é droga, não é leve causa danos à saúde é uma droga psicoativa que afeta o cérebro, o raciocínio, memória, o julgamento, reflexos motores, afeta saúde,causa câncer enfim os prejuízos são tantos que os supostos benefícios não compensam, existem muitas drogas no mercado que aliviam dores, relaxam é hipocrisia é uma mentira usar a maconha com esse mote que mais parece um delírio alucinações que está presente nas articulações de pensamento de usuários ilegais, completa Marisa Lobo.
Fiquem atentos e venham nessa audiência Publica e já estamos pedimos outra audiência Pública na câmara de deputados do Paraná, mas nossa maior vitória será na Comissão de segurança do Senado. Aliás, lá onde temos nosso porta voz Senador Magno Malta, completa Francischini.

 
A legalização da maconha é um assunto discutido quase que corriqueiramente no cotidiano, e, algumas vezes, chega a entrar na pauta no congresso nacional.
Para muitos, essa legalização não deveria ocorrer. Pois ela é considerada uma droga que não traz bem algum para a saúde e nem do ponto de vista social, pois ela gera violência entre outros males.
Porém, há quem seja a favor da legalização, pois muita coisa mudaria, com ela. Por exemplo, não haveria mais tráfico desta droga, já que ela seria comercializada livremente, e consequentemente haveria um lucro do Estado com impostos sobre este “novo produto”. Haveria a criação de novos empregos com a plantação da maconha o que seria excelente para a economia. E através da legalização, a maconha sairia da criminalidade, e talvez mudasse um pouco o conceito dela perante a sociedade. Talvez com a legalização a maconha não seria tão condenada a médio/longo prazo, ou seria condenada no mesmo nível do tabagismo.

Diante de tanta discussão, pode-se observar várias opiniões divergentes. Dentro do nosso próprio grupo há quem defenda a legalização e há quem seja contrário a ela. Abaixo, depoimentos de colegas que se declaram a favor e contra, respectivamente, justificando seus pontos de vista.

"Sou a favor porque, com a legalização, acaba com esses protestos e afins que estão havendo hoje e haveria a preocupação com a criação de leis como: local específico pra usar, não poder usar em locais públicos, não fazer divulgação nos meios de comunicação incentivando o uso(assim como o cigarro comum), etc. Não mudaria nada, só usaria quem quisesse e se houvesse prejuízos à saúde, só seria à própria pessoa que usasse." (Filipe Lisboa)

"Eu sou contra o tabagismo e contra a maconha, mas como Tico Santa Cruz disse: ‘É uma sociedade alcoólatra e tabagista que condena a legalização da maconha. É hipócrita’. Para mim, é hipocrisia legalizar uma e outra não." (Jânio Mayk)

E você, é a favor ou contra a legalização da maconha?

 POR: ALANA FIGUEIRÊDO, ANA CAROLINE, ALLISON, ANTONIO, CHARLENE, FILIPE, LUCAS, MAYK E TIAGO.

6 comentários:

  1. Eu conheço o país em que vivo onde as pessoas não respeitam a lei,estou cansada de fumar passivamente pelo vicio dos outros,legalizando a maconha,seria a mesma coisa.Mesmo sem querer eu ia virar maconheira.

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  2. Pelo Amor de Dews ! Como podem acreditar que descriminalizando algo podem influenciar quem não é usuário ?
    Ah sim! À menos que haja muitas campanhas com belíssimas mulheres semi-nuas e vangloriando os consumidores (como acontece com o álcool que mata mais no transito do que na guerra)aí sim poderia haver alguma(Leia-se toda) influencia ao consumo da DROGA!
    Mas se descriminalizarem a maconha não aconetcerá isso , porque só sera liberado o consumo e a produção (Leia-se Cultivo Da Planta) em casa , ou seja , quem é maconheiro vai continuar sendo maconheiro , e quem não é , vai continuar não sendo !

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  3. legalizando ou nao eu vo continua fumandoooo

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  4. sou a favor, nao é possivel controlar a vinculação de drogas dentro de uma cadeia imagine em uma sociedade livre, continuar com a proibição só da mais dinheir para os traficantes mais violencia e etc ... se descriminalizar ou legalizar garanto que nao teremos tantas pessoas na cadeia se viciando em crack cocaina e por ai vai, fumar maconha é uma escolha de cada um assista CORTINA DE FUMAÇA e QUEBRANDO O TABU e veja a raiz do problema nao apenas suas flores

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  5. CONCORDO PLENAMENTE, se voce pensa assim Bruna entao nao pode jamais passar proximo a cracolandia porque se não vai se tornar uma viciada em crack passivamente pelo vicio dos outros.

    "Pelo Amor de Dews ! Como podem acreditar que descriminalizando algo podem influenciar quem não é usuário ?
    Ah sim! À menos que haja muitas campanhas com belíssimas mulheres semi-nuas e vangloriando os consumidores (como acontece com o álcool que mata mais no transito do que na guerra)aí sim poderia haver alguma(Leia-se toda) influencia ao consumo da DROGA!
    Mas se descriminalizarem a maconha não aconetcerá isso , porque só sera liberado o consumo e a produção (Leia-se Cultivo Da Planta) em casa , ou seja , quem é maconheiro vai continuar sendo maconheiro , e quem não é , vai continuar não sendo !"

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  6. Os adeptos a legalização da maconha sempre usam os numeros do alccol e cigarro, que são legalizados e bem altos, para justificarem a liberação. Gostaria de saber se é uma disputa? Vcs querem alcançar esse número?

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