Nos últimos anos a indústria da beleza vem crescendo assustadoramente, junto a ela a publicidade e a indústria midiática, as quais cada vez mais impõem de forma apelativa estereótipos de beleza quase inalcançáveis e que não reflete a maioria da população. Isso acaba gerando indivíduos compulsivos por beleza, por alcançar um tipo físico que não lhes pertence e que acarreta em doenças como a anorexia, a bulimia, a vigorexia e a depressão. Há algum tempo essa valorização da estética atingia em sua grande maioria as mulheres, no entanto essa não é a realidade de hoje, pois tanto homens como mulheres buscam de forma radical e a todo custo chegar a essa perfeição, através de academias, centros de estéticas, infinitos tratamentos de beleza, medicamentos, etc. que com o passar dos anos aumentam cada vez mais em número e “qualidade”. O mais alarmante em relação a isso tudo é que não se vê, ou pelo menos é pouquíssima a preocupação com a saúde, com o bem-estar, pois não se sabe ao certo o que o uso dessas tantas formas de “satisfação” pessoal pode causar em longo prazo. O autor de “A ditadura da beleza e a revolução das mulheres” Augusto Cury durante seu discurso sobre o tema, fala que:
“O objetivo da ditadura da beleza é promover inconscientemente a insatisfação, e não a satisfação. Pois uma pessoa satisfeita, bem-humorada, feliz, tranquila, não é consumista, consome de maneira inteligente, não precisa viver a paranóia de trocar continuamente de celular, de carro, de roupas, de sapatos. Todavia, pessoas insatisfeitas projetam sua insatisfação no ter. Consomem cada vez mais, porém sentem cada vez menos.”
O hábito de cuidar da beleza e a preocupação com a aparência é normal e essencial, no entanto é importante que isso não se transforme em motivação de vida, pois o principal motivo para essa imposição de estereótipos é aumentar a venda da indústria da moda, cosméticos, remédios para emagrecer, aparelhos de estética, entre outros. Isso mostra que não é uma simples base de beleza que ela apresenta, ela mostra caminhos para ser belo também, isso claro tem um valor comercial. Por isso, vemos que a mídia tem um papel fundamental nessa “ditadura da beleza”, para que as pessoas continuem vaidosas e se baseiem na beleza “midiática”.
O hábito de cuidar da beleza e a preocupação com a aparência é normal e essencial, no entanto é importante que isso não se transforme em motivação de vida, pois o principal motivo para essa imposição de estereótipos é aumentar a venda da indústria da moda, cosméticos, remédios para emagrecer, aparelhos de estética, entre outros. Isso mostra que não é uma simples base de beleza que ela apresenta, ela mostra caminhos para ser belo também, isso claro tem um valor comercial. Por isso, vemos que a mídia tem um papel fundamental nessa “ditadura da beleza”, para que as pessoas continuem vaidosas e se baseiem na beleza “midiática”.
Beleza em diferentes períodos
ANTIGUIDADE
A beleza, até o século VI a.C um conceito subjetivo e abstrato, ganhou uma percepção lógica com o filósofo grego Pitágoras. Ele aplicou a matemática ao conceito de belo e preconizou que um corpo e um rosto bonito deveriam ser simétricos e proporcionais. O parâmetro serviu de referência para pintores e escultores, que passaram a perseguir esses ideais. Ao olhar uma figura bela na Antiguidade, tinha-se a impressão de ordem, harmonia e de medidas exatas. Muito comuns eram o nariz desenhado, o perfil perfeito e os cabelos ondulados. Alguns exemplos de obras: escultura de Apolo no templo de Delfo e a escultura Fauno Barberine (200 a.C).
IDADE MÉDIA
Não há preocupação com a beleza física. Ela é entendida apenas como consequência de uma boa alma e de comportamento devoto. Isso sim poderia transparecer na fisionomia, resultando em um rosto angelical, puro e cheio de piedade, ou seja, belo para a época, como explica Marcus Vinícius de Morais, mestre em História Cultural pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas -SP). “Bocas muito pequenas e lábios finos simbolizavam fragilidade e ausência de desejos carnais, por isso, eram valorizados”, comenta o cirurgião plástico Maurício de Maio. Em relação ao corpo, o bonito era o biótipo longilíneo (e não mais necessariamente proporcional), ombros estreitos e levemente caídos, seios pequenos e o ventre proeminente. Exemplos de obras: Madonna da Humildade, de Masolino, Judith e Venus, de Lucas Cranach.
RENASCIMENTO
A exata medida volta à tona como ideal de beleza. Desta vez, é retomada por Leonardo da Vinci, que estuda profundamente a anatomia e a aplica em suas obras. Seu mestre inspirador foi o romano Marcos Vitrúvio, que viveu no século I a.C e elaborou a teoria do Homem Vitruviano, que demonstra a sequência desejada de proporções do corpo e do rosto humanos. A escultura David, de Michelangelo, é um exemplo deste aspecto do período. Porém, diferentemente da Antiguidade, ao observar uma obra renascentista, é impossível não notar a forte presença de realidade no retratar os corpos, em especial, os femininos. “No Renascimento, há a soma dos critérios de proporcionalidade do período clássico ao advento do naturalismo: os corpos são roliços, os ombros largos, o busto proeminente e os quadris amplos e arredondados”, comenta a professora de arte Heloísa Dallari. Nesse contexto, celulites, gordura localizada, pneuzinhos e ondulações no corpo eram retratadas mais como sinais de volúpia e nobreza, já que a ostentação alimentícia não era para todos. Ser gordo, encorpado, ter braços roliços, hoje considerados motivos de vergonha, eram indícios de status social. É possível observar esses traços nas obras Hélène Fourment como Afrodite, de Peter Paul Rubens, e As três Graças, de Rubens.
BARROCO E MANEIRISMO
Inquietação, subjetividade e mais espontaneidade são elementos associados ao conceito de beleza. Esses dois movimentos rompem com os parâmetros clássicos, ainda fortes no Renascimento, para propor ideias mais particulares e menos estagnadas do que é belo. “A beleza não é uma qualidade das próprias coisas; existe apenas no espírito de quem as contempla e cada um percebe uma beleza diversa”, define David Hume, filósofo e historiador escocês. Agora, para ser bonito, não basta ter proporção e simetria, é preciso também possuir graça e formosura, dois conceitos menos concretos e palpáveis, que abraçam também elementos como espiritualidade, o fantástico e as emoções. A complexidade é valorizada e há um refinamento evidente nas obras. Exemplos: Melancolia I, de Albrecht Dürer, e Retrato de Madame Récamier, de Jacques-Louis David.
ROMANTISMO
Funde características aparentemente contraditórias: ingênuo e fatal, selvagem e sofisticado, harmonioso e assimétrico. A mistura desses contrapontos resulta no conceito do belo intenso e emocional, muitas vezes pendendo para o mágico, o desconhecido e o caótico. Ser bonito pode incluir também o disforme, o exótico e o mórbido. Uma mulher atraente pode ser pálida e apresentar olheiras, ter lábios carnudos e avermelhados, ostentar uma cabeleira volumosa e indomável, orgulhar-se de veias aparentes. O aspecto saudável é óbvio demais para ser admirado, excessivamente sem mistério. Há uma intrigante noção perversa na estética. Obras: Aurélia, de Rossetti, Safo, de Charles- Auguste Mengin, e Ofélia, de John Everett Millais.
A ideia do ser perfeito se dilui, se distancia das referências tão trabalhadas nos períodos anteriores. “No expressionismo e no cubismo, a figura humana pode se deformar e até mesmo desaparecer, como na abstração”, observa Veronica Stigger, escritora e crítica de arte. A estética adquire forte aspecto geométrico, pode lançar mão da descontinuidade e da fragmentação, mas sobretudo, chama atenção pela provocação de corpos e rostos instigantes, mas, ainda assim, cheios de graça. Exemplos: Les demoiselles d’Avignon, de Pablo Picasso, e A negra, de Tarsila do Amaral.
CONTEMPORANEIDADE
A era Barbie, que persegue a juventude, a magreza e a alegria constante. “A beleza entra na ditadura da felicidade e passa a ser um instrumento para alcançá-la. É a senha para o sucesso profissional, o reconhecimento social e o entendimento amoroso”, opina Marcus Vinícius de Morais, da Unicamp. Como tudo, se transforma num objeto de consumo e pode ser adquirida com cosméticos, procedimentos estéticos ou cirurgias. A tecnologia avança no sentido de atender esta demanda social, nunca tão valorizada em nenhum outro período histórico. ©
por: http://www.revistadacultura.com.br:8090/revista/rc25/index2.asp?page=beleza_tempo
Inacreditável o que te fazes passar
Desejando algo que nunca existiu.
Acreditas ser a única a poder mudar?
A beleza, o seu reflexo, nunca viu.
Não arrisques por fotos e capas
O teu corpo em doentias obsessões.
Para o belo, nunca houve mapas.
Para ti, há sempre soluções.
Não ligues ao que passa na TV...
Regras, padrões, tudo é superficial!
A verdadeira beleza nunca se vê.
A Terra é a mais bela, ao natural.
Ser gorda? Ser magra? Basta seres
Aquilo que um espelho não vê em ti.
Quanto mais tempo até perceberes?
És bela sem saberes...Sorri!
Desejando algo que nunca existiu.
Acreditas ser a única a poder mudar?
A beleza, o seu reflexo, nunca viu.
Não arrisques por fotos e capas
O teu corpo em doentias obsessões.
Para o belo, nunca houve mapas.
Para ti, há sempre soluções.
Não ligues ao que passa na TV...
Regras, padrões, tudo é superficial!
A verdadeira beleza nunca se vê.
A Terra é a mais bela, ao natural.
Ser gorda? Ser magra? Basta seres
Aquilo que um espelho não vê em ti.
Quanto mais tempo até perceberes?
És bela sem saberes...Sorri!
Dica de Livro:
" A Ditadura da Beleza e a revolução das mulheres." Augusto Cury.
Augusto Cury retrata neste livro o cotidiano de mulheres que sofrem caladas as conseqüências de uma cruel realidade do mundo moderno - a ditadura da beleza. Apoiando-se em sua vasta experiência como psiquiatra e pesquisador, Cury dá um grito de alerta contra essa forma de opressão que vem deixando mulheres, adolescentes e até crianças tristes, frustradas e doentes. Influenciadas pela mídia e preocupadas em corresponder aos inatingíveis padrões de beleza que são apresentados, milhares de mulheres mutilam sua auto-estima - e, muitas vezes, seus corpos - em busca da aceitação social e do desejo de se tornarem iguais às modelos que brilham nas passarelas, na TV e nas capas de revistas. Ao tratar de um tema tão atual, este livro faz com que o leitor se identifique imediatamente com os personagens e sua luta por uma vida mais plena e feliz, em que cada pessoa se sinta livre para ser o que é, sem se envergonhar de sua aparência ou tentar ser igual a ninguém. Uma vida em que todas as pessoas descubram que a verdadeira beleza está dentro de nós.
POR: ALANA FIGUEIRÊDO, ANA CAROLINE, ALLISON, ANTONIO, CHARLENE, FILIPE, LUCAS, MAYK E TIAGO.
Há um certo preconceito contra livros de auto-ajuda, mas, pessoalmente, gosto do gênero, principalmente do Augusto Cury e da forma maravilhosa como ele aborda os temas(esse, eu ainda não li).
ResponderExcluirCom relação ao tema, a busca pela beleza a todo custo é uma questão sempre atual, sempre tem algo sendo mostrado pelos veículos de comunicação. Esses dias foi o caso de uma mãe, nos EUA, que aplica botox na filha de 8 anos. Um absurdo sem tamanho! Essa semana oficiais do Serviço de Proteção à Criança decidiram afastar a filha da mãe enquanto investigam o caso. Uma manchete sobre o caso poderia ser: "Mãe perde a noção e a guarda da filha".
Existe esse preconceito mesmo sobre os livros,tem gente que acha que todo mundo que le esse genero é depressivo,mas eu gosto bastante de Cury,só que esse não li.
ResponderExcluirComo dizia o rei da sabedoria,Salomão:"vaidade das vaidades,tudo é vaidade".
A verdade é que ninguem quer ser feio,todo mundo quer ser bonito mesmo.Mas acho que a beleza está intimamente ligada ao bem estar,eu por exemplo,tem dias que acordo barbie, e outro Maria Betania, o que vale é se sentir bem.E ja para o lado da beleza masculina,homem não precisa ser bonito não,só precisa ser charmoso e cheiroso,um bom perfume é essencial.