Ao trazer o tema família, a equipe se utilizou de ideias importantes do sociólogo Durkheim. Exemplo disso é a questão dos princípios sociais que, segundo o sociólogo francês, é tudo aquilo que rege o comportamento dos indivíduos em uma sociedade que tende à coletividade, à moral é ao fator que prega pelo bem-estar social, dando as possíveis condições para que o grupo de indivíduos viva “harmoniosamente”. A família, desde os primórdios da história, sempre possuiu uma grande importância na formação do indivíduo, pois, como a equipe ressaltou, a maioria dos seres humanos se espelha em seus familiares para a continuação do seu projeto de vida. Outras tantas vezes, é a própria família que interfere na vida do indivíduo, determinando que ele faça algo que não quer fazer, mas que os seus familiares, em especial os pais, lhe impõem. Outro fator bem colocado pela equipe é a participação das drogas na destruição da família. Álcool e cocaína são as principais drogas que causam o rompimento do elo familiar. Estas drogas, assim como as outras, causam conflitos familiares, no entanto, devido ao grande poder que elas exercem no organismo do consumidor e a produção do desejo incontrolável de querer consumir mais, provoca, na maioria das vezes, agressões contra familiares, pequenos furtos domésticos, etc., fatos que podem ocasionar um maior rompimento familiar. Os parentes, e a sociedade em geral, devem ter bastante atenção para com essas pessoas envolvidas com drogas, pois isso não é apenas um problema individual, mas também social, lembrando os conceitos de Durkheim. O dependente químico não pode ser excluído pela família e pela sociedade. É preciso que essas instituições tentem ajudá-los, pois, caso contrário, ele poderá mergulhar cada vez mais fundo no mundo das drogas. Para terminar esse assunto entre família e sua ligação com o mundo das drogas, deixo a sugestão de um filme para vocês assistirem: Requiem Para um Sonho (do diretor Darren Aronofsky, lançado em 2000). Este retrata, muito bem, aonde o indivíduo pode chegar pelo uso das drogas, e sem ajuda de familiares ou da sociedade.
Há mais ou menos duas décadas, a sociedade vem dando ênfase a um padrão de beleza no qual os indivíduos têm que ser quase “perfeitos”, praticamente máquinas: belos rostos, nenhuma gordurinha localizada, cabelos lisos e sedosos, de preferência com olhos claros e pele macia. Só assim alguém pode ser transformado em um super modelo (conhecido em todo o mundo) ou em uma grande celebridade no mundo da beleza. A culpa desse padrão exagerado vem da mídia. Pode-se dizer que, hoje, o padrão de beleza é vendido, tanto mercadologica quanto ideologicamente. Bom exemplo disso são as telenovelas, que, cada vez mais, colocam atores e atrizes de corpos sarados e rostinhos bonitos em seu elenco, jogando para a sociedade o padrão de beleza ideal para que se possa ter um lugar de destaque na mídia. Isso provoca uma verdadeira “revolução” na sociedade (especialmente nos mais jovens, que, em sua grande maioria, sonham em ser famoso), onde se procuram cada vez mais academias, clínicas de estética, cirurgias plásticas, e além dessa busca por uma beleza, podem ocasionar doenças como a bulimia e anorexia. Não importa a parcela da sociedade, a classe social ou o veículo comunicacional ao qual se tem acesso: grande parte dos indivíduos busca àquele padrão. No entanto, a pessoa que passa por esta busca incessante fica à margem de outras tantas “reações colaterais”. De certo, a paranóica busca por um copo perfeito gera uma reação de afastamento e isolamento do ser e, por conseguinte, a solidão implica em um estado em que o bem-estar é deixado à margem da existência, podendo levar a casos extremos, como o suicídio, tratado anteriormente por uma das equipes.
A música, realmente, é umas das principais maneiras de manifestação da sociedade. É a partir delas que artistas tentam expressar seus sentimentos, seus ideais, enfim. A música possui grande abrangência, chegando aos ouvidos de parte significativa da sociedade. Seus mais diferenciados gêneros ocasionam divisões entre a sociedade, formando grupos de ideias diferentes, o que pode provocar alguns problemas, como conflitos. Em se tratando de Brasil, é importante ressaltar a participação que ela teve na Ditadura Militar (1964 – 1985), pois foi a partir dela que cantores, hoje consagrados na história da música brasileira, mas que naquele tempo não passavam de iniciantes, conseguiram passar mensagens de insatisfação para o restante da sociedade. Muitos desses cantores sofreram dura repressão por parte dos militares, bom exemplo disso é Chico Buarque. Entre suas letras que sofreram censura por parte da ditadura estão Cálice e Apesar de Você. No entanto, quando se trata de música regional, é sempre muito bom falar nos Irmãos Aniceto, grupo que leva a cultura caririense para vários lugares do mundo. Mas não podemos falar em música regional, sem falar do forró (ritmo tão presente em nossa região) e sem abordar dois pontos importantes sobre essa tradição nordestina. O primeiro ponto é a grande participação do eterno Luiz Gonzaga na divulgação da nossa cultura pelo Brasil afora. Boa parte das músicas por ele cantadas falava de problemas enfrentados em nossa região, tais como a seca, a fome, as questões sociais, a saudade de sua terra, entre outros. Era uma maneira de protestar que ele tinha e que usava muito bem. Podemos citar Asa Branca, A Morte do Vaqueiro e Vaca Estrela e Boi Fubá (sendo a última um poema de autoria de Patativa do Assaré, musicado por Gonzaga), como exemplos. O segundo ponto importante nos traz a contemporaneidade, e se trata do advento da Indústria Cultural sobre o forró. Essa indústria acabou transformando o forró em simples mercadoria, fato fácil de perceber ao analisar a letra de uma música dessas bandas que fazem sucesso no cenário brasileiro atual. O forró virou uma coisa banal, vulgar, salvando raras exceções de artistas que tentam deixar sua verdadeira origem ainda viva.
A questão da homofobia já foi tratada em nosso blog, mas acho importante voltar a se discutir esse assunto depois dos últimos acontecimentos. Como eu já havia dito, a homofobia, assim como a desigualdade social, está muito presente na nossa atual sociedade. É comum vermos pessoalmente, ou mesmo em noticiários, casos em que esse problema vem à tona. Como a primeira equipe que falou sobre esse tema colocou bem, essa questão de um indivíduo gostar de outro do sexo oposto é uma regra moral, algo que é estabelecido por uma coletividade e que, depois de estabelecida, todo caso que se opor a ela, vai causar protestos entre os mais rigorosos. Essa avaliação das regras morais está presente nas idéias do sociólogo francês Émile Durkheim. A decisão da 3º Vara Previdenciária de Porto Alegre, que dá direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e a criação de uma família, foi uma vitória, visando uma sociedade mais igualitária, sobre o preconceito que ainda rege a maioria dos indivíduos. O preconceito precisa ser deixado de lado, e todos, heterossexuais ou homossexuais, devem andar de mãos dadas para a construção de uma sociedade igualitária, em que todos possam viver harmoniosamente entre si.
Ruan Franklin
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