domingo, 5 de junho de 2011

Comentando....

Bem galera, como é final de semestre e tudo anda bastante corrido, vou tentar ser breve e usar poucas palavras hoje. Então, vamos trabalhar.

O candomblé por ser uma religião de origem africana e que tem na maioria de seus adeptos pessoas negras, sofre grande resistência por boa parte da população, especialmente pela comunidade cristã. Concordo plenamente com o autor citado pela equipe, quando ele diz que “o motivo é o rótulo de ‘macumba’, a imagem de relação com o demônio”. A comunidade cristã (católicos e evangélicos) vê o candomblé como um ritual demoníaco, e condenam os seus participantes por essa razão. Praticantes do candomblé não são bem aceitos pela sociedade em geral, sendo vítimas de um preconceito sem fim. Ninguém pode ser condenado pela sua crença religiosa, e a diversidade religiosa é algo garantido por lei. Segundo o inciso VI do artigo 5º da Constituição Brasileira “é inviolável a liberdade de consciência de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias”. A sociedade deveria refletir sobre esse direito que todos têm, pois a crença religiosa não interfere no caráter de alguém, e as autoridades devem está mais atentas com esses problemas que envolvem a questão religiosa, pois só assim poderíamos viver em uma sociedade mais tranqüila.

A questão da língua é parecida com a questão da religião, pois cada povo tem a sua. A língua é algo que caracteriza determinada comunidade, pode-se considerar ela como uma das principais características do povo. Hoje em dia saber falar uma língua diferente da sua de origem possui muita importância. As empresas cada vez mais se voltam para essa “qualidade” (se assim podemos dizer). Por isso quem domina outros idiomas possui alguma vantagem em cima de seus concorrentes por uma vaga de trabalho. Muitas vezes o que atrapalha uma boa comunicação entre todas as camadas de uma sociedade é o analfabetismo que ainda atinge muitas pessoas no mundo. Mas não existe apenas a língua falada para a comunicação, os deficientes auditivos se utilizam de um código, em minha opinião bastante complexo, mas também eficaz. Outro exemplo é o código Morse, que embora não seja um código muito usual hoje em dia, alguns grupos ainda o usam, como por exemplo, os Escoteiros e o Clube de Desbravadores. A forma de se comunicar, assim como a crença religiosa, deve sem respeitada pelos diferentes indivíduos que formam a sociedade em geral.

Exploração infantil é um problema que afeta a sociedade, especialmente os países menos desenvolvidos. Para começo de conversa, a exploração é proibida por lei, mas essa lei nem sempre é aplicada como se deve. É comum vermos nas ruas das cidades brasileiras crianças vendendo algo para sobreviverem ou então catando lixo, e as fotos postadas pela equipe representam muito bem isso. Em alguns casos elas fazem isso no intuito de ajudar na alimentação de sua família, que geralmente são compostas de muitas pessoas, mas em outros casos elas são obrigadas/forçadas a irem para as ruas pelos seus próprios pais, para arrumarem um trocado e assim assegurar a alimentação daquele dia. Esses pais se utilizam das crianças, pois estas causam uma maior comoção com a sociedade e assim podem conseguir mais dinheiro do que eles conseguiriam. As piores formas de exploração infantil são: o trabalho escravo, a prostituição e a venda ou tráfico. Lugar de criança é na escola e não nas ruas, se prostituindo ou trabalhando suado para sustentar seus pais. A sociedade deve ter maior atenção com as crianças e vigiar para ver se elas sofrem de exploração, afinal o futuro da humanidade se encontra nesses pequenos indivíduos que ainda não entendem o complexo sistema em que vivemos.

Deixei por último a questão do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, tema que não me arrisco muito a falar, por falta de conhecimento, então vou dar apenas uma pequena “pincelada” e deixar que Tiago se aprofunde melhor nisso. Então Tiago, se eu falar besteira me corriga. O Caldeirão foi um movimento localizado no cariri cearense, liderado pelo beato Zé Lourenço e que possuía um principio de coletividade, aonde a população trabalhava em conjunto. Devido ao grande número de pessoas que estavam se mudando para aquela localidade, os poderosos da região começaram a perseguir a comunidade, seus membros e seu líder. O Caldeirão possuía a ajuda do Padre Cícero que foi quem alojou o beato e os seus seguidores no sítio de sua propriedade, mas depois de sua morte em 1934, o Caldeirão ficou sem a proteção do “Padim” que era bastante influente no Ceará. Se aproveitando dessa situação os poderosos da região junto com os padres da Ordem dos Salesianos que eram os herdeiros dos bens de Padre Cícero mais a Polícia Militar do Estado do Ceará e o Exército Brasileiro, que temia que o movimento se tornasse uma nova Canudos, atacaram o Caldeirão em 1937 realizando um dos maiores massacres brasileiro, pois os moradores do local não tinham nem armas para se defenderem.

E pra concluir todo essa pequena passagem sobre o Caldeirão, vou deixar outra música sobre o tema. É uma música do grupo de rock juazeirense Dr. Raíz. É um bom som e vale à pena escutar.

Caldeirão da Santa Cruz do Deserto

Dr. Raíz

A vida me trouxe
Uma triste Lembrança
Da falsa esperança
E da grande ilusão
Da terra doada
Da terra amada
Da terra arrasada
Do meu caldeirão

O olho da inveja
A mão da maldade
Fez pervesidade
Fez destruição
Gente massacrada
Gente assassinada
Gente desterrada
Do meu caldeirão

A esperança que eu tive em minha vida
Eu plantei toda naquela terraa
Esperava colhê-la sem guerra
Essa era a minha intenção
Hoje lembro daquela aflição
Isso tudo virou-se num fato
Que até hoje eu tenho cantado
Nesses oito pés ao quadrão

Ruan Franklin

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